Como prevenir o diabetes

Reconhecendo os sinais do diabetes: como prevenir e reverter o Pré-Diabetes

O diabetes é uma das condições de saúde que mais cresce no mundo, impactando milhões de pessoas. Mas você sabia que, na maioria dos casos, é possível prevenir, controlar e até reverter o pré-diabetes com algumas mudanças no estilo de vida?

Este artigo vai te ajudar a entender os sintomas do diabetes, o funcionamento da insulina no organismo, os fatores de risco para o pré-diabetes e como prevenir a progressão para o diabetes tipo 2.

Sintomas do diabetes: saiba reconhecer os sinais

Como prevenir e reverter o Pré-Diabetes

Identificar os sinais do diabetes é fundamental para buscar o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado. Os sintomas podem parecer comuns e acabam passando despercebidos. Por isso, temos que ter atenção redobrada.

Aqui estão os sintomas mais comuns:

Sede excessiva e urinar em excesso: Um dos sintomas mais comuns é a sensação de sede constante, que pode levar à necessidade frequente de urinar, especialmente durante a noite.

Prurido e dificuldade na cicatrização de feridas: A glicose elevada pode interferir na capacidade do corpo de se curar, além de causar coceira na pele devido à desidratação.

Cansaço e irritabilidade: O corpo não consegue usar a glicose de forma eficiente como fonte de energia, resultando em fadiga constante e alterações de humor.

Perda de peso inesperada: Mesmo sem mudanças na alimentação ou exercícios, a pessoa pode perder peso porque o corpo começa a consumir gordura e músculos como fonte de energia.

Fome exagerada e visão turva: A sensação de fome é causada pela falta de glicose nas células, enquanto a visão embaçada pode ser resultado de alterações nos níveis de açúcar no sangue.

Formigamento nas extremidades: Sensações de dormência ou formigamento em mãos e pés são sinais de que o sistema nervoso pode estar sendo afetado.

Se você notar qualquer um desses sinais, procure um médico para exames e orientações.

O papel da insulina no corpo: como ela atua

A insulina é um hormônio essencial produzido pelo pâncreas que ajuda a regular os níveis de glicose no sangue. Sem ela, nosso corpo não seria capaz de usar a glicose como fonte de energia.

Como funciona esse processo?

Consumo de carboidratos: Quando ingerimos alimentos ricos em carboidratos, como pão, arroz e massas, o organismo os converte em glicose durante a digestão.

Produção de insulina: Ao detectar o aumento dos níveis de glicose no sangue, o pâncreas libera insulina. Esse hormônio age como uma "chave", permitindo que a glicose entre nas células do corpo.

Armazenamento de energia: A glicose que não é utilizada imediatamente pelas células é transformada em gordura e armazenada no tecido adiposo como reserva energética.

Tipos De Diabetes

No diabetes tipo 1, o corpo não produz insulina suficiente. Já no diabetes tipo 2, as células do corpo se tornam resistentes à ação da insulina, dificultando o controle dos níveis de glicose.

Como prevenir o diabetes

Pré-Diabetes: quem está no grupo de risco?

O pré-diabetes é uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, mas ainda não são altos o suficiente para serem classificados como diabetes tipo 2. Ele serve como um sinal de alerta e, felizmente, pode ser revertido.

Aqui estão os principais fatores de risco para o pré-diabetes:

Obesidade: Especialmente a gordura abdominal, que está associada à resistência à insulina.

Hipertensão: Pressão arterial elevada aumenta o risco de desenvolver diabetes.

Alteração nos lipídios: Níveis anormais de colesterol e triglicerídeos podem indicar um metabolismo desregulado.

Histórico familiar: Ter parentes de primeiro grau com diabetes aumenta as chances de desenvolver a condição.

Estilo de vida sedentário: A falta de atividade física contribui para o ganho de peso e para a resistência à insulina.

Diabetes Fatores de Risco

Se você se enquadra em algum desses grupos de risco, é essencial adotar hábitos saudáveis para evitar a progressão da condição.

Como reverter o Pré-Diabetes?

A boa notícia é que o pré-diabetes pode ser revertido com mudanças simples no estilo de vida. Aqui estão algumas estratégias práticas:

1. Alimentação Controlada

Uma dieta equilibrada é o primeiro passo para controlar os níveis de glicose no sangue. Dê preferência a alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, grãos integrais e leguminosas. Reduza o consumo de açúcares e carboidratos refinados, como pães brancos, massas e doces. O controle de porções também é fundamental para evitar picos de glicose.

2. Prática de Exercícios Físicos

O exercício físico regular melhora a sensibilidade à insulina e ajuda a reduzir os níveis de glicose no sangue. Atividades como caminhadas rápidas, natação, musculação ou até mesmo dança podem fazer toda a diferença. O ideal é acumular pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana.

3. Monitoramento da Saúde

Faça exames regulares para monitorar os níveis de glicose, colesterol e pressão arterial. Acompanhar esses indicadores permite ajustar o plano de ação de forma personalizada.

4. Redução de Estresse

O estresse crônico pode afetar negativamente os níveis de glicose no sangue. Práticas como meditação, yoga e técnicas de respiração profunda podem ajudar a controlar o estresse.

Entender os sintomas do diabetes, o papel da insulina e os fatores de risco associados ao pré-diabetes é o primeiro passo para cuidar da sua saúde. A prevenção e o controle do diabetes começam com pequenas mudanças no dia a dia, como adotar uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e monitorar regularmente os níveis de glicose.

Se você apresenta sintomas ou está no grupo de risco, não espere: procure um médico para uma avaliação detalhada. Lembre-se, cuidar da sua saúde hoje pode prevenir complicações no futuro. Afinal, a prevenção é sempre o melhor remédio.

 


REFERÊNCIAS

Organização Mundial da Saúde (OMS)
Federação Internacional de Diabetes (IDF)
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)


Tenho Diabetes, e agora?

Os primeiros passos após o diagnóstico

Receber o diagnóstico de diabetes pode parecer um desafio difícil de superar, mas é possível viver bem com a condição. A chave está no conhecimento, planejamento e disciplina. Manter hábitos saudáveis é a chave para uma vida mais leve.

Veja o que você pode fazer após o diagnóstico positivo para o diabetes:

1. Entenda seu diagnóstico

Existem três principais tipos de diabetes:

Diabetes Tipo 1: Quando o corpo não produz insulina. Geralmente diagnosticado na infância ou adolescência.

Diabetes Tipo 2: O mais comum, ocorre quando o corpo não utiliza a insulina de forma eficaz ou não a produz em quantidade suficiente. Associado a fatores como obesidade, idade e histórico familiar.

Diabetes Gestacional: Surge durante a gravidez e requer cuidados específicos para evitar complicações para a mãe e o bebê.

Outros Tipos de Diabetes: Entre o tipo 1 e o tipo 2, foi identificado ainda o Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA). É um processo autoimune que resulta na perda das células betas do pâncreas. Existe ainda o Diabetes Insípido, que não possui relação direta com o Diabetes

Conhecendo cada condição, podemos ter ações mais assertivas no curto e longo prazo.

2. Estabeleça uma rotina de controle

O controle da glicemia é um dos pilares no manejo do diabetes. Consulte o seu médico para entender:

A frequência ideal para monitorar os níveis de glicose no sangue.
A necessidade de medicamentos ou insulina.
Como identificar sinais de hipoglicemia (queda no nível de glicose) e hiperglicemia.

Tais indicações são essenciais para garantir não só uma estabilidade no quadro do diabetes, como também cuidar da saúde de modo geral, evitando complicações graves em outras partes do corpo, como o sistema cardiovascular, os rins e afins.

3. Adote hábitos alimentares saudáveis

A base da nossa saúde, tendo diabetes ou não, com certeza é a alimentação. Ter uma dieta regrada traz inúmeros benefícios e mantém os níveis de glicemia equilibrados.

Não é sobre cortar alimentos, mas se alimentar melhor. O que os médicos recomendam?

Prefira alimentos integrais, ricos em fibras, como aveia, arroz integral e vegetais.
Evite carboidratos refinados, açúcares e alimentos ultraprocessados.
Planeje suas refeições com o auxílio de um nutricionista.

Importante: nunca dispense o acompanhamento profissional e faça exames de rotinas para monitorar todos os indicadores necessários referentes a sua saúde, não apenas ao diabetes.

4. Movimente-se

A prática de atividade física regular é uma aliada poderosa no controle do diabetes. Exercícios ajudam a:

Reduzir os níveis de glicemia.
Melhorar a sensibilidade à insulina.
Controlar o peso e reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

Antes de começar, faça um check-up médico e escolha uma atividade que combine com você, seja caminhada, dança ou musculação.

Importante: fique atento ao ganho de peso. Muitos casos de desenvolvimento de diabetes estão ligados ao sobrepeso.

5. Conte com apoio

O diagnóstico pode trazer desafios emocionais e, por isso, é importante compartilhar suas preocupações com familiares e amigos. Eles podem oferecer suporte nos momentos difíceis e ajudá-lo a manter uma rotina saudável.

Além disso, participar de grupos de apoio pode fazer toda a diferença. Nessas comunidades, você encontrará pessoas com experiências semelhantes, dicas práticas e incentivo para seguir em frente.

Mas também, conte com o apoio profissional de um terapeuta. Tais profissionais são capacitados com ferramentas mais assertivas para garantir que você se sinta apoiado.

6. Conheça os riscos e cuide-se

O diabetes, se não controlado, pode trazer complicações sérias, como:

Retinopatia Diabética: Danos aos vasos sanguíneos nos olhos, que podem levar à perda de visão.
Pé Diabético: Pequenas feridas que, se não tratadas, podem causar infecções graves.
Doenças Renais: A glicemia elevada pode afetar os rins, causando insuficiência renal.

Por isso, o cuidado com a saúde deve ser constante. Realize exames regulares e siga as recomendações do seu médico.

Ter diabetes não significa abrir mão de uma vida plena e saudável. Seguindo o caminho correto, com uma alimentação balanceada, fazendo todo o acompanhamento necessário e praticando exercícios físicos, é possível manter essa condição sob controle, sem muitos prejuízos à saúde.

Continue nessa jornada e construa sua base de apoio. Passar por esse desafio com certeza será mais fácil.

 


REFERÊNCIAS

Organização Mundial da Saúde (OMS)
Federação Internacional de Diabetes (IDF)
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)


O que é diabetes?

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, atualmente há cerca de 422 milhões de pessoas com diabetes no mundo. A previsão é que até 2045 este número suba para 629 milhões de diabéticos com idades entre 20 e 79 anos.

Muitas pessoas não sabem que têm diabetes e isso pode levar a complicações causadas por este distúrbio. Em grande parte dos casos isso ocorre pois o diabetes é considerado pelos médicos como uma doença silenciosa, ou seja, os sintomas passam despercebidos pelos pacientes ou demoram para se manifestar.

Afinal, o que é o diabetes?

O Diabetes Mellitus é um conjunto de distúrbios metabólicos causados por um aumento da glicemia.

Quando uma pessoa se alimenta, o corpo irá transformar os alimentos em glicose, proteínas e gorduras. A glicose, por sua vez, é o grande combustível do corpo humano, sendo transportada e utilizada pelas células. No entanto, para que isso ocorra, ela precisa de auxílio, papel que é exercido por um hormônio chamado insulina.

A insulina é produzida pelas células beta do pâncreas (um órgão que fica atrás do estômago), e é ela que ajuda a glicose a entrar nas células do corpo. Assim a insulina é responsável por controlar a quantidade de glicose que circula no sangue, com objetivo de mantê-la em níveis saudáveis para nosso organismo.

Então, o que acontece no diabetes?

Uma pessoa com diabetes pode ter dificuldade em utilizar a insulina de forma adequada e/ou não produzir a quantidade suficiente de insulina. Isso leva a condição que chamamos de hiperglicemia, que é o acúmulo de glicose no sangue. Caso não seja controlada, o diabetes pode trazer consequências graves a longo prazo.

Consequência crônicas do diabetes não controlado

  • Retinopatia: Perda gradativa da visão.
  • Nefropatia: Lesões nos nervos, principalmente os periféricos, causadas pela glicemia elevada.
  • Coração: Complicações cardiovasculares.
  • Rins: Insuficiência renal.
  • Pé diabético: Uma pequena ferida que, se não for tratada pode levar à amputação do membro.

E o que pode levar uma pessoa a ter diabetes?

Na grande maioria dos casos é preciso que se tenha uma interação entre fatores genéticos e ambientais para que o distúrbio se desenvolva.
Diabetes Fatores de Risco

Principais fatores de risco

  • Sedentarismo: A falta de atividade física reduz a sensibilidade à insulina, favorecendo o acúmulo de glicose no sangue. O exercício regular ajuda no controle glicêmico e na prevenção da doença.
  • Má alimentação: O consumo excessivo de açúcares, carboidratos refinados e gorduras prejudica o metabolismo e pode levar à resistência à insulina, aumentando o risco de diabetes tipo 2.
  • Idade: Com o envelhecimento, o metabolismo desacelera e a produção de insulina pode se tornar menos eficiente, elevando as chances de desenvolver a doença.
  • Obesidade: O excesso de gordura corporal, principalmente abdominal, está diretamente relacionado à resistência à insulina, tornando a obesidade um dos principais fatores de risco para a diabetes tipo 2.
  • Histórico familiar: A predisposição genética tem um papel importante, pois indivíduos com parentes diabéticos possuem maior probabilidade de desenvolver a doença.
  • Doenças cardiovasculares: A diabetes e as doenças cardíacas compartilham fatores de risco, como obesidade e sedentarismo. Além disso, a hiperglicemia crônica pode danificar vasos sanguíneos, aumentando o risco de problemas cardíacos.

Quais são os sinais e sintomas do diabetes?

  • sede excessiva (polidipsia)
  • fraqueza, cansaço
  • emagrecimento
  • número e volume das micções aumentadas (poliúria)
  • perturbações visuais
  • mudanças de humor
  • prurido (coceira)

Estes sintomas podem, em alguns pacientes, estar todos presentes e muito intensos, sendo que em outros podem ser muito leves e até ausentes.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico pode ser realizado pelo exame de sangue. Através dele seu médico irá observar se há alguma alteração na taxa de glicemia.

  • Normal: Glicemia de jejum entre 70 e 99 mg/dL
  • Intolerância à glicose: Glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL
  • Diabetes: Glicemia de jejum de amostras coletadas em dias diferentes igual ou maiores do que 126 mg/dL ou acima de 200 mg/dL em glicemia aleatória (feita a qualquer hora)

Existem três principais tipos de diabetes, além do estágio chamado de pré-diabetes ou tolerância diminuída à glicose. O diabetes mellitus tipo 2 é o mais prevalente, e corresponde de 90 a 95% de todos os casos deste distúrbio no mundo.
Tipos de Diabetes

Fui diagnosticado com diabetes e agora?

O diabetes está ligado ao estilo de vida que você leva. A aceitação pode ser difícil, mas o entendimento desta condição é fundamental e isto irá auxiliar no controle da mesma. O diabetes exige encarar a vida e a saúde de uma nova forma.
Tenho Diabetes

 


REFERÊNCIAS

Organização Mundial da Saúde (OMS)
Federação Internacional de Diabetes (IDF)
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)